Modalidade: big wall

Tipo de via: principal

Face: norte

Tipo de escalada predominante: agarras

Extensão: 450 metros

Descrição: Via de 9 enfiadas, que se inicia cerca 100 metros à esquerda da via "Lost World". Leia o relato de um dos conquistadores da via "The Scorpion Wall", Mark Synnott: "Meu sonho de escalar um tepui começou há mais de 10 anos. Um artigo da National Geographic capturou minha imaginação, com suas fotos de enormes paredes de rocha virgem pairando sobre uma selva remota e misteriosa. Tepuis, eu aprendi, são os restos de um platô de arenito que já cobriu uma área de cerca de 200.000 milhas quadradas no coração da Amazônia. Ao longo de milhões de anos, a erosão desgastou este planalto e deixou cerca de 100 formações rochosas com tampo de mesa saindo da selva. Os tepuis representam algumas das maiores, embora menos exploradas, paredes rochosas do planeta.

Em 2001, recebi uma bolsa do National Geographic Expeditions Council para liderar um botânico e um biólogo por uma parede de tepui em busca de novas espécies. Embora muitas pessoas tenham estudado os topos dos tepuis, ninguém havia investigado as paredes por conta própria. Originalmente planejamos fazer a viagem na Venezuela, mas achamos impossível obter uma licença do governo. Decidimos, em vez disso, escalar e estudar um tepui chamado Roraima, localizado onde Guiana, Venezuela e Brasil se encontram. O presidente da Guiana nos convidou pessoalmente a nos aproximarmos e escalarmos Roraima pelo lado guianense.

Nosso plano era documentar a expedição para a National Geographic Television e, no último minuto, várias pessoas embarcaram: o correspondente Mareya Mayor, os cientistas Bruce Means e Jesus Rivas, o produtor Peter Getzels e sua assistente Charlotte Mangin. Peter decidiu que esse “Time A” iria primeiro para a Guiana para começar uma jornada de 80 quilômetros pela selva até a base da parede. Em seguida, eles preparariam um heliponto para que Jared Ogden, o cinegrafista John Catto e eu pudéssemos voar.

Jared, John e eu chegamos cerca de uma semana depois da Equipe A em 2003. Encontramos a Força de Defesa da Guiana e voamos com o único helicóptero em funcionamento do país para encontrar os outros. Depois de uma busca de dois dias acima da selva, finalmente os encontramos. Demorou quase cinco dias para cobrir o quilômetro final da selva até a parede. Frequentemente, subíamos por paredes verticais cobertas de lama e vegetação mal enraizada. O trecho de Roraima que queríamos escalar é chamado de Proa, um negativo de 300-450 metros no lado norte. Ele havia sido escalado uma vez, em 1971, por uma equipe britânica composta por Mo Anthoine, Hamish MacInnes, Don Whillans e Joe Brown.

Alcançamos a base da parede em 29 de março sob um céu azul e imediatamente começamos a trabalhar. Escolhemos uma linha cerca de 100 metros à esquerda da Rota Britânica. Nosso plano era estabelecer uma rota livre. Fixamos as duas primeiras enfiadas, em um jardim suspenso, depois trouxemos Jesus Rivas para cima, para que ele pudesse coletar suas amostras científicas. O Time A então saiu e Jared, John e eu nos comprometemos com a parede. Passamos as quatro noites seguintes em portaledges. Todas as enfiadas foram negativas, e a maior parte da escalada ficou na faixa de VI-VIIa, com duas enfiadas de VIIc. Colocamos seis proteções, nas paradas. Escalamos tudo em livre até o topo do muro, onde encontramos uma vegetação mais íngreme. Sob uma chuva torrencial, colocamos alguns equipamentos. A rota era muito suspensa para fazer rapel, por isso pedimos um helicóptero quando chegamos ao cume. A Parede do Escorpião (9 enfiadas, VI 5.11+ AO) foi uma das minhas melhores aventuras de todos os tempos."

Data da conquista: 04/2003

Conquistadores (em ordem alfabética):

• Jared Ogden
• John Catto
• Mark Synnott

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